"E vendo e ouvindo esse campeiro tão íntimo da terra e da vida, tão iluminado pela sabedoria do coração... você compreenderá que o homem brasileiro é milagrosamente um só, de norte a sul, de leste a oeste, a despeito de todas as distâncias geográficas - um só no que possui de essencial: a cordialidade, o horror à violência, a capacidade de dar-se, e também de rir da vida, dos outros e de si mesmo." Érico Veríssimo
domingo
Sol em Ré
Quando as bestas se juntam
para avivar as chamas do preconceito
não se reconhecem no animal irracional…
Encurralam-se em seus espelhos
para, em nome de uma pretensa moral
nutrida por seus maus costumes,
tentarem aniquilar
o sentido mais humano da palavra igual, -
aquele que deveria derramar-se
sobre todos os homens…
O igual que é também o diferente;
ponto de encontro divino,
capaz de transformar em amor
o que deveria ser nada mais
que um significado em oposição,…
um mero antônimo.
Palavras são usadas, sim.
Elas não agem sozinhas.
Há mentes a pensá-las
para todo e qualquer fim.
Mas palavra palavra
não tem preconceito, não.
Têm mais alma
que muitos homens…
Palavra!
ju rigoni (1997)
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2 comentários:
Querida Ju, há 14 anos já escrevias tão bem.
Mas agora és melhor poeta.
Não li tudo o que escreveste nessa época para a comparar com a de agora. Por isso, é apenas a impressão que eu tenho, pois que a certeza não tenho...
Beijo grande, minha grande amiga...
poema forte!
o preconceito mata
e as suas, são como deveriam ser todas as palavras
um beijo
manuela
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